Wednesday, May 23, 2007

Eight Seasons II - (sentes?)


Por Annie dos Ventos - para James




Consegue sentir,
A suave brisa
Que acaricia seu rosto?
Consegues contemplar,
A beleza que anseia lhe tocar, lá fora?
Escuta!?
A eterna melodia
Que é sussurrada,tocada,entoada
Especialmente para você?
Espalharia aos quatro ventos
Em sua bela voz
Tudo o que lhe tocou
Em sua alma,
Seu coração?
Tudo é música, melodia,
Dentro de você
E fora também.
Apenas permita...
Em notas suaves,fortes e "imperiais"
A canção está presente além do Nascer e Pôr do Sol
Em uma tranquilidade preguiçosa
No entardecer de um domingo de Verão.
A canção lhe acompanha
Nas nuvens tempestuosas das madrugadas
Frias e solitárias de um inverno
Que pede recolhimento e reflexão.
O que você faz?
Quando a Música
Chega até você , de forma intensa e inesperada
E te olha
Através de seu sono e sonhos
De uma noite de Outono
Onde lá fora
A chuva completa
O grande ciclo.
A vida renasce,então
Em pequenos brotos
Que se espicham
Para fora da terra.
O que você faz?
A Música lhe presenteia em seu imenso sorriso
Ao chegar da Primavera
Quando finalmente tens a percepção
E sente
O grande Jardim Florido
De Sentimentos
Paixões
Atos
Morte e Vida
O Universo
do Tudo e do Nada.
Entoado em quatro tempos (sentidos,sentimentos,emoções,sensações)
As oito Estações
Essência embalada
Em desafios e vitórias
Vento assoprado fortemente
Para levar uma grande história,
História do tempo-espaço
Dos Sentidos, do Sentir.
Infinitamente, Eternamente.

A Flauta Encantada - para James Strauss


Por Annie dos Ventos

Há muito, muito tempo...Existia um pequeno vilarejo, povoado por seres encantados, onde a magia reinava livre por ali.Fadas, silfos, salamandras e todo tipo de seres que nossa imaginação conseguia e não conseguia imaginar circulava por ali.Somente os seres chamados humanos olhavam estranhamente os seres portadores da magia. Os seres chamados humanos eram os portadores da escolha.Num simpático entardecer, uma fadinha esbarrou num solitário tronco de uma árvore, árvore essa, que não tinha um nome, e que se perguntava a si mesma que tipo deárvore iria se tornar?Ah, apenas ,esperando o tempo para saber.O tronco aparentava estar ali muito, muito tempo.Tempo demais, na verdade.A fadinha resolveu sentar se no tronco para descansar um pouco.Tomada de um súbito sono,adormeceu embalada pelo pôr do sol.Em meio ao sono, ouviu uma estranha cantoria que parecia vir de muito longe.A melodia vibrava em notas cadenciadas, chegando a ela em um sopro assoviado ritmico mas triste. A fadinha sentia todo seu ser aconchegado na melodia. Despertou assustada com o choque de se encontrar toda ensopada! Estava chovendo.Ficou ainda mais assustada pois sentiu um desespero muito grande dentro de si. O desespero de não poder compartilhar com o mundo tudo o que tinha sentido.O frio e o vazio que sentia a faziam tremer , batendo os dentes.Sobrevoou para dentro do tronco que era oco por dentro... Oco.?As lágrimas correram soltas pelo rosto da fadinha.Aquele vazio estava preenchido por tudo aquilo que ela havia sentido, regida pela melodia que tinha escutado.Percebeu, finalmente, com grande surpresa o causador daquilo tudo que tinha sentido. Aquele tronco!O tronco apenas sentia a presença da fadinha.E sentiu o que seria um sorriso dentro dele. A fadinha pegou sua varinha de condão e tocou gentilmente no tronco.Muito, muito tempo se passou... E o tronco continuou ali,com suas sensações,observando, captando, o que ia a sua volta.Foi num desses dias onde murmurava timidas notas ao vento, notas essas que contava a quem quisesse ouvir sobre a grande imensidão do universo e seus mistérios.Num desses dias, sentiu "algo" o segurar e assoprar. Uma linda melodia se fez ouvir. O vilarejo inteiro a escutou. E choraram emocionados. O desespero que o tronco (que tinha se transformado em uma flauta) sentia, enfim se dissipou, na música que foi assoprada pelo portador da escolha.E foi assim que a Magia e a Escolha começaram a caminhar juntas.

Monday, May 14, 2007

Susana Maria Maluf


Caros Leitores ,
eu guardo todas as cartas que já recebi...cartões de natal, de aniversário, recadinhos carinhosos deixados sobre a mesa.cartinhas contando da vida...porque tem coisa mais gostosa que ler frases antigas, escritas com carinho por alguém q te ama, ou amou há algum tempo atrás.o tempo pára!vc vai lendo e vai lembrando das sensações qdo recebeu a missiva... rs.e mais, vai lembrando daquela época, das emoções, dos dramas, de todas as dúvidas...lembra com saudade de um periodo em q tudo parecia dificil, mas hoje vc ve q tudo era tão mais simples..e fica achando que naquela época sim, vc foi feliz.depois lembra que é feliz hoje também.e ao mesmo tempo infeliz...porque a gente é assim. triste e alegre, feliz e infeliz.ansioso e tranquilo.mas tem uma coisa que o e-mail nao substitui, o cheiro de carta antiga, o amarelado do papel guardado. a suavidade das palavras esmaecidas...e qdo é pessoa é muito doce e deixa flores ou corações desenhados pelo papel.suspiros....saudade de escrever a mão livre...e de receber cartas assim.melancolicamente.

Estava relendo os e mails e todas as conversas que tenho da Susana Maria ....

porque todo mundo é fraco e forte.porque todos nós somos fracos porque amamos, e o objeto do nosso amor é o que nos faz vulneráveis.e somos fortes no que amamos, porque este amor nos faz ir mais longe, mais além.e tem que existir o drama e a lágrima.senão não é paixão.e paixão?aaaaaaah, a paixão.o frio e o calor, a dor, a alegria e a tristeza convivendo numa única palavra.porque eu sem drama, e sem paixão sou ninguém, sou vazia.deixo de ser.é a piada de mau-gosto. dita em voz alta no velório.falta de nexo.é a tal da peça que sempre falta no quebra-cabeça.sem sentido como a morte.mas até a morte tem sentido.é energia se transformando. é renovação.então morro.suicido-me cada vez que mato a paixão dentro de mim.e me alimento destas mortes, para reviver...para viver da falta, da ausência, para que a paixãose sustente. se mantenha.viva!em mim.
aqui se faz, aqui se paga
eu ouço isso desde criança.minha avó costumava dizer isso toda vez que uma pessoa não muito legal levava um tapa da vida...e mesmo hoje em dia, com toda esta onda espirita, de reencarnaçoes, e vidas passadas e futuras, ainda ouço esta frase com frequencia.dos meus amigos budistas, uma nova versão do mesmo conceito: lei de causa e efeito.fico pensando o que estou pagando. e mais, porque as pessoas que me magoaram tanto não estão pagando????não costumo desejar o mal a ninguém, pelo contrario, procuro me manter serena diante de pessoas que tem atitudes estranhas às minhas.fico pensando: de que adiantou ajudar os outros? de que adiantou me doar, me entregar de corpo e alma?de que adiantou amar tanto? se agora estou tão vazio e tão só.sei que mergulho neste mar de auto-piedade e fico achando que a culpa é dos outros...mas nem é isso.também não significa que me arrenpendi, faria tudo novamente se me fosse dado o poder da escolha. porque sou assim mesmo. pede ajuda com jeitinho e pronto, tiro a roupa para acabar com o frio da pessoa que amo.só não me acostumei ainda com a falta de amor de algumas pessoas que amei tanto, que ainda nao consegui desamar.enfim.estou triste porque algumas coisas em minha vida simplesmente não funcionam.triste. triste. triste.uma pessoa muito querida disse-me outro dia que sou uma alma iluminada, que atrai muita inveja, daí a minha depressão. não consigo digerir toda esta maldade humana.inveja de que?????DEus!tenho lutado todos os dias da minha vida, assim como todos que conheço.não sou diferente nem melhor que ninguém.bem que quis, um dia, ser dessas pessoas descoladas e de vanguarda... mas não adianta, sou dessas basiquinhas que passam despercebidas na multidão, e isso não é ruim não. me possibilita melhor poder observação. me possibilita, ver,imaginar, sonhar, e depois escrever...enfim.preciso me apoiar no sentimento de amor que pessoas especiais sentem por mim.sei que elas estão perto (mesmo longe).pessoas que, as vezes, só me ligam no meu aniversario, só pra dizer que sou especial.pessoas que, me recebem em suas casas, como se a casa fosse minha também.pessoas que não esquecem nunca do quanto sou frágil e do quanto preciso de carinho e afeto sinceros.demonstrações verdadeiras de amor.alias, como todo ser humano.sim, guardo mágoas, as vezes por anos a fio, guardo magoas de pessoas que me machucaram, humilharam...mas ainda assim, não desejo mal. só não entendo porque me usaram pra depois descartarem, assim, como papel velho. estas pessoas não sentem o quanto me fizeram mal???enfim.estou frustrado.chateado com o mundo.ainda.e semprecarente.
Pater Dimite Susana!

Tuesday, May 08, 2007

Eight Seasons


The globe, being round, implies two hemispheres. This makes the seasons (except places with infinite sunshine or those with a constant shortage of light) double themselves. That is how we get 2 times 4 seasons (or simply put--8 seasons). Admitting the global irrelevance of up and down, of North and South, of day and night--in a virtual reality it all takes place simultaneously--we also have to admit the irrelevance of any classification. - In coparison to the age of the Egyptian pyramids, didnt Mozart live an isntant ago?
Music, not as an item on charts or a sophisticated matter of connoisseurs , but as a spiritual ( and physical) code of wavelengths of communication, was born into the world earlier than words. Who cares, these days, what kind of music ( or noises) it was? Probably only science and scientists. But there in no way and need to label it was we label for convinience ( and profit) most things to be sold.
Let´s admit: music always existed and finally didn´t depend on either East or West, Classical or Pop. It was just there. Invented or registered as a language of emotion. As a matter of life. It is exactly here, at this point , and not in its description, Vivaldi meets Piazzolla. This meeting isn´t meant to be a “ crossover” , but a dialogue of two geniuses, ignoring the frame of time and geography and concentrating on the essentials.


Finally, it is the combination of the fourth dimension and the fifth element that makes them speak and share their (as well our) passion for the seasons. These seasons , not as a matter of convenience or an expanded catalogue of sounds, but as a simple fact to enjoy and share the only ( short) time we have at our disposalThe divine seasons are above it.